quarta-feira, junho 15, 2016

alive vivo muito

Tava lá.
E de repente, se paf
E de repente, se parte.
E de repente, se derrete.
E de repente, se desvia.
E de repente, se repete.
E de repente, se resguarda.
E de repente, se repele.
E de repente, se depende.
E de repente, não é mais nada.
E de repente, transborda.
E de repente, transpira.
E de repente, se é pêndulo.
.
E de repente, arranca parte do cabelo ou pinta de azul celeste como os olhos de Denise que amou tanto no verão passado e passa a ter dois ou três nomes. aliás, por favor, me chamem também de Tomas e digam "olá" para o meu sexo de borracha. ou então, de repente, nem pensa e atira cem vezes, dispara, dissipa e, de repente, mata mesmo tudo aquilo que poderia ter sido e que aparece no outro e, de repente, em neon pisca a vida morte vida morte vida tudo tão perto aqui agora. repetindo: sim, vovó, estou viva. acabei de sentir um buraco gigante no meio do estômago e
.
E de repente, não é mais nada.
E de repente, se arrepende.
E de repente, de novo.
E de repente, um gigante no meio do estômago.
E de repente, Renata.
E de repente, Augusto.
E de repente, se foram.
E se desprende, de repente.
E de repente, não é mais nada.
E de repente, se é.
e ai


para Thiago, esse amor que doi aqui dentro e me
lembra que tudo que dói, existe, tem vida.

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