sábado, novembro 07, 2009

Uns olhos

Simplesmente uma força incontrolável
não permitia que tirasse os olhos de você.
É coisa de olho, inefável.


E que olhos castanhos! Tão seus.
E, às vezes, senti serem tão meus.
Feitos para dizer tudo que eu precisava enxergar.
Será que são para só eu decifrar?


Mas, e agora? Aonde estão?
Estão por aí, escondidos num canto frio.
Dei muito de mim.
E esse pensamento vadio
Deixou-me de forma tão entregue.

Talvez seja esse o problema.
Aceito que você negue,
Pois tudo que é assim,
Pronto e dado, perde o poema.


Errei. Mas, perdôo me.
Com só uma certeza:
Passarei a olhar para mim agora.
Fazer ser uma nova beleza.

Um comentário:

  1. Diante das coisas que você escreve, sou um aprendiz...
    VOVOZÉ

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