sábado, julho 05, 2014

feijão no pote de sorvete

domingo quatro e tal e aquela coisa de algumas horas que te fazem achar que está experimentando enfim a solidão e dai escuta um agudo e breve barulho no celular e apesar da ( ) preguiça ( ) ressaca ( ) possibilidade de acabar de ver o episódio da série com o cara do Beleza Americana não consegue ignorar e se envergonha da própria ansiedade tão pouco madura e não acha o celular e o sangue para de correr por breves segundos de "estou perdendo alguma coisa" e você tenta relembrar seus últimos passos com o aparelho 10x sem juros e mistura isso a tentativas de prever o seu futuro que está na mão daquela mensagem e um comercial de banco vem à sua cabeça com as coisas que você poderria ter feito mas não fez e você tem certeza que faltou todas as festas em que estava seu verdadeiro amor e filosofa já que é inverno que o mundo moderno não dá chance para um neo Garcia Marquez surgir com essas coisa de todo mundo se comunicando o tempo inteiro e nisso você já tem mil oportunidades e respostas diferentes sendo formatadas na cabeça e você lembra que o dia que termina já já lá fora estava tão sem graça e talvez só seja a Laura falando da série que viu ou a minha mãe com aquelas mensagens sem for mata, c~ao correta e embaixo da almofada no quarto da Nilsinha a diarista tá o aparelho que guarda após os 4 dígitos da senha o teu futuro e como ele foi parar lá não importa mas a Nilsinha vive reclamando que deixo tudo jogado e "ai tá bom Nilsinha" e você abre o celular e o número é desconhecido e rostos palpitam na sua cabeça em forma de roleta e a setinha gira enquanto você abre a caixa de entrada que nem naquele programa que passava no SBT de madrugada e que a Nilsinha via aquele "Fantasia" era só a TIM.

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