quinta-feira, fevereiro 18, 2010

No bloco.


Tunctunctactunctuntac...Chegou de maneira que todo bem-entendido de carnaval chega: sorriso no rosto, latinha na mão.
Foi logo cantarolando aquela música de Chico ou Noel, juro que to tentando lembrar... Mas, dizia alguma coisa tipo amor nunca mais carnaval chegou...

Só sei bem que eu perto dele agia como criança, tão entendida, tão solta. Nunca tinha sido assim.
Já ouviu falar naquela cerca que os psicanalistas (de óculos e divã verde-oliva) falam que a gente deve às vezes ultrapassar para entender melhor o que tem dentro dela?
Então. Sem forçar eu já tava muito longe. E cantando, e fazendo jeitinho de samba, e aproveitando a vida comigo mesma e com esse cara. (Esse cara que é tipo do cara da música “esse cara” do Caetano).

E mesmo com o beijo quente demorado, o dia quente passou rápido. O bloco passou. E toda aquela gente passou. A bateria lá na frente já se dispersava. E o cara foi também, tunctunctactunc... assim ele ia... tunctunctactunctunctac...
E eu fiquei. Fiquei o tempo bastante para ouvir um novo tumtum da bateria do bloco da outra esquina e ir também...

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